quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

[Curiosidade e Conhecimento] 60.000km e desmonte do Ford Ka



Galera, tudo certo com vocês?

Vamos a mais uma literatura? Hoje vou postar sobre o teste de 60.000km do Ka e o desmonte por completo, efetuado pela revista Quatro-Rodas em 2010, 2 anos após o facelift completo do modelo.


Embora o teste fosse feito até uma quilometragem baixa, o uso severo garantiu o que podíamos esperar do carro pro dia a dia e as surpresas que encontraríamos por ventura durante o tempo. Mas sabemos que ele foi aprovado no teste, com algumas ressalvas, confira.

O Ka de cá é um caso único. Ele é só nosso, uma criação nacional para o mercado brasileiro. Pouco lembra aquele primeiro Ka lançado aqui em 1997, com o único compromisso de esbanjar jovialidade. Onze anos depois, em 2008, a nova geração assumiu a responsabilidade de ser o arrimo de família e o carro de volume da Ford. Poucos meses após ser lançado, ele chegou à frota de Longa Duração, em agosto de 2008. Seria nossa primeira experiência com um motor 1.0 Flex da Ford - outro 1.0 da marca que passou pelo Longa Duração era o do Fiesta, só que a gasolina e com supercharger. Depois de rodar 60000 km em um ano e dez meses, é hora de conhecer o Ka em profundidade. 



Só no álcool
"Menos apaixonante (que o anterior), mas aposta fundo no custo-benefício", disse o editor Marcelo Moura, à época do lançamento. Suas palavras conservam o valor: o Ka teve baixo custo de manutenção e consumo compatível com a categoria. Mas poderia gerar um reparo mais caro adiante, como você verá mais à frente. Pelo tamanho, não era o preferido da redação para viagens longas, mas encarou mais de 30 cidades ao redor de São Paulo. Nele, optamos por rodar com álcool - só usamos gasolina no tanque de partida a frio, completado três vezes durante o teste. Escolhemos um carro quase completo, mas, ainda assim, simples. Só não veio com airbag duplo, disponível na época somente no 1.6, enquanto os freios ABS nem constavam na lista de opcionais - hoje ambos estão disponíveis para o 1.0. Logo que chegou à frota, nosso Ka chorava como criança recém-nascida: quando estacionado, o alarme, de série, disparava assim que outro carro passava ao seu lado. Só aos 20 000 km isso foi resolvido, com uma regulagem de sensibilidade da central. E esse não seria o único ruído que o Ka emitiria até o fim do teste.

Embora todos elogiassem o câmbio preciso, a dirigibilidade agradável e a boa posição de dirigir, um "som marinho" nos acompanhava. Eram ondas formadas dentro do tanque de combustível. Incomodaram a ponto de a Ford instalar isoladores acústicos no assoalho e no próprio reservatório, aos 14 000 km. A medida, adotada pela Ford nos Ka a partir de outubro de 2008, foi uma solução para a falta do dispositivo chamado de quebra-ondas, que evita esse ruído.

Embora o Ka sofresse de falta de isolamento acústico, o acabamento se mostrou impecável. Chegou ao fim sem peças soltas ou danificadas. "Todas as buchas de fixação do painel e das laterais de porta estavam intactas", afirma Fabio Fukuda, da Fukuda Motorcenter, responsável pelo desmonte. Com a estrutura, o mesmo: íntegra, a carroceria não mostrou sinal de corrosão, torção ou folga de portas, revelando uma construção cuidadosa. A suspensão também ignorou os 60 000 km: amortecedores, batentes, molas e demais componentes terminaram o teste impecáveis. 




Acalmamos o alarme, abafamos as ondas do tanque, mas não conseguimos calar os ruídos de rolagem. Percebidos desde o início de nosso convívio, foram agravados pelo desgaste irregular dos pneus, trocados aos 42 954 km. Vale dizer que o teste para avaliar o comportamento de um carro sem alinhamento (edição 590) colaborou para agravar o quadro, além da falta de rodízio de pneus em algumas das revisões.

Outra fonte sonora foi silenciada aos 56 850 km, com a troca de um rolamento de roda traseira defeituoso. "Parecia que estávamos sendo seguidos por um avião", disse o editor Péricles Malheiros, após uma das idas até a pista de testes, em Limeira (SP). De acordo com Fukuda, "esse tipo de rolamento precisa ser verificado em todas as manutenções programadas, a fim de detectar folgas". E isso pode ter passado em branco durante as revisões.

Quem também passou em branco por todo o teste, mas por falta de problemas, foi a transmissão. Irrepreensível, não apresentou problemas e, no desmonte, revelou-se impecável. A carcaça não tinha sinais de vazamentos, enquanto todas as engrenagens se encontravam sem marcas. O conjunto de platô, disco e rolamento suportava ainda mais 10 000 km, e apresentava desgaste dentro do esperado.

Empurroterapia
O que não pôde ser ignorado foi a empurroterapia. Embora a Ford adote preços fixos nas revisões - a primeira saiu por baixos 87 reais -, caso o proprietário não cheque a conta direito, é capaz de voltar com o bolso mais vazio para casa. Em quase todas as visitas tentaram nos empurrar serviços extras. Ou era um kit adicional de revisão ou era limpeza de bicos, descarbonização... Mas se esqueceram de fazer o que tinha de ser feito: o filtro de ar da cabine chegou sujo demais ao fim do teste e, provavelmente, não saiu de lá desde sua montagem na fábrica - a troca não constou de nenhuma revisão. A recomendação da Ford é que seja feita a cada 20 000 km. 




Outra pisada de bola foi quando o ar-condicionado parou de funcionar, aos 39 000 km. O defeito era na eletroválvula do sistema. Na concessionária Forte, de São Paulo, foi feita uma troca em dobro: além dessa peça, substituíram também o painel de comando do ar. Após uma análise pela fabricante, a Valeo, descobriu- se que a peça não tinha defeito. E a autorizada nos devolveu os 340 reais cobrados pelo painel.

Fraquejando... 




Do meio do teste para a frente, alguns sintomas começaram a atormentar nosso Ka. Apresentava soluços e falta de força que foi se agravando com o tempo. Nas revisões de 40 000 e 50 000 km, apesar de nossas reclamações, pouco foi feito. O tratamento apresentado consistia em limpar bicos e/ou reajustar a injeção, como foi feito aos 50 000 km. No teste final de pista, tivemos o testemunho dos instrumentos a nosso favor: O desempenho do Ka havia caído consideravelmente desde o teste da chegada. Vale lembrar que a maioria dos carros costuma se sair melhor na prova saideira.

As primeiras pistas do problema surgiram ainda antes da desmontagem. Na medição de compressão, Fukuda chegou ao valor médio de 100 psi em todos os cilindros, muito aquém do parâmetro informado por um concessionário da marca, que nos indicou o valor de 170 psi como referencial, já que a Ford não revela esse dado. Segundo o engenheiro-chefe de motores, Enio Gomes, o número é considerado informação confidencial restrita aos concessionários e às oficinas credenciadas. Mas deu pistas. A Ford considera o valor de 170 psi aceitável para um carro de 60 000 km. E 100 psi "muito ruim, muito ruim mesmo". 

Então por onde a compressão vazava? O bloco do motor parecia inocente. Também os anéis, responsáveis por manter o óleo fora da câmara de combustão na movimentação dos pistões, embora gastos, tinham as medidas dentro do limite de tolerância da fábrica. Pistões, cilindros e virabrequim estavam em ordem. Já no andar de cima, no cabeçote, os estouros no coletor de admissão indicavam algo suspeito. Revelavam que a vedação das válvulas de admissão estava deficiente, o que fazia com que a mistura pressurizada tomasse o caminho inverso no momento da compressão do cilindro, estourando no coletor de admissão. 

Consultamos então o especialista em cabeçotes João Eduardo Ramos de Paula, da retífica Paula Faria, de São Paulo. Ele diz que o vazamento pelas válvulas de escapamento não é exclusivo do RoCam 1.0, que equipa Ka e Fiesta. O problema é comum nos motores 1.0 em geral. "Com o refinamento desses motores, a queima é total. E o combustível nem chega a resfriar as válvulas de admissão. Quando se usa álcool, combustível mais seco, isso é agravado, uma vez que, diferentemente da gasolina, ele tem ação lubrificante reduzida, deixando a temperatura ainda maior." 

Essa característica, segundo o especialista, aumenta a dilatação das válvulas de aço, o que com o tempo causa alargamento das sedes de válvula. O resultado disso é o vazamento de compressão. Foi o que aconteceu com o Ka. Na remontagem, nosso consultor técnico fez apenas uma correção das válvulas - acertando o ângulo de assentamento - e um brunimento manual das sedes do cabeçote. O resultado apareceu no novo teste: 230 psi no primeiro cilindro e 240 psi nos demais, dentro do parâmetro de fábrica, segundo o engenheiro Enio Gomes. Vale lembrar que não houve troca de anéis dos cilindros. Como contraprova, fizemos mais um teste de desempenho, cujos números refletem a melhora no funcionamento do motor, como mostra o quadro na página ao lado. 

Outras vítimas desse aquecimento das válvulas são seus retentores. Feitos de Viton, material que suporta bem a ação de calor e produtos químicos, sofreram com a falta de lubrificação devido ao uso exclusivo de álcool - e com o calor excessivo das válvulas. Essa conjunção prejudicou sua atuação, que é "varrer" o excesso de óleo da haste, evitando sua entrada na câmara. Todas as hastes das válvulas de admissão estavam impregnadas de borra, inclusive óleo "vivo" (não queimado). As velas, trocadas precocemente aos 34 000 km (o manual indica 40 000 km), chegaram a 60 000 km sem depósito de fuligem - mas precisariam ser trocadas, pois apresentavam desgaste do eletrodo, normal para a quilometragem. 

Álcool demais 
No contato com o engenheiro da Ford, fomos questionados sobre o uso exclusivo de álcool. De fato, há no manual uma recomendação para usar gasolina aditivada a cada 5 000 km, justamente para suprir a carência de lubrificação do combustível vegetal. "Trata-se de recomendação, não obrigação", afirmou Enio Gomes. Ainda assim, mesmo só no álcool, o Ka não deveria apresentar essa falta de compressão nessa quilometragem, segundo ele. Mas reafirmou que o uso exclusivo ou excessivo do álcool pode reduzir a vida útil do motor. 



"Caso não desmontássemos o motor agora, provavelmente teríamos que fazê-lo em curto espaço de tempo para reparar o problema, ou comprometeríamos outros componentes, como anéis e cilindros. E os sintomas de perda de potência e consumo de lubrificante seriam agravados", diz Fabio Fukuda. Ele lembra que Celta (movido a gasolina e com motor de alta compressão), Prisma e Punto (ambos com motor 1.4 flex), que passaram pelo Longa Duração, também tiveram problemas nos retentores de válvulas. 

Porém o uso exclusivo do álcool não é condenado por unanimidade. Eduardo Campos, gerente e engenheiro da Magneti Marelli Powertrain, que desenvolve sistemas e componentes para motores para várias montadoras, não concorda. "Os componentes de um motor bicombustível são feitos para trabalhar direto com o álcool." E disse que esse alargamento das sedes de válvulas costuma ser visto apenas em motores a gás, pois a queima é ainda mais seca. Mas concorda que o álcool é um combustível de pouca lubricidade. 

O sistema de arrefecimento do nosso Ka também exigiu atenção ao longo do teste. A ferrugem no líquido condenou dois vasos de expansão, aos 42 999 e aos 58 463 km, e pediu quatro limpezas das galerias de água. Vale lembrar que o Ka não tem termômetro, apenas uma luz-espia no painel, que indica quando a temperatura do líquido alcança um nível crítico. 

O problema pode ser creditado ao bloco do motor, de ferro, e possivelmente a um erro na proporção de aditivo na água colocada no reservatório, segundo Fukuda. No fórum do Clube do Novo Ka, há mais de uma dezena de relatos semelhantes. Lá, o culpado foi a válvula termostática, que trava pelo excesso de ferrugem, fazendo o motor trabalhar muito quente. Esse foi um dos itens trocados na última parada de nosso Ka nas concessionárias, junto com um reservatório. 

Nosso veredito? Não fosse a perda de compressão do motor, o Ka teria sido aprovado sem ressalvas. Traz dirigibilidade impecável e que é mantida ao longo do tempo, como constatamos nos 60 000 km. Se tem acabamento simples e econômico, por outro lado mantém-se firme e sem ruídos típicos de atrito de plástico. Traz custo de revisões baixo e previsível, já que os valores são prefixados e estão no site da marca. Nos 60 000 km gastamos, em revisões, apenas 1 360,50 reais. Mas é um carro que requer atenção: a ausência de um simples termômetro de água no painel obriga o motorista a ficar mais ligado, uma vez que o aviso de superaquecimento não aparece de forma progressiva. O proprietário também deve checar se a concessionária se preocupou com itens importantes, como um filtro de ar da cabine ou um rodízio de pneus. Na hora da "despedida", ele mostrou sua popularidade entre os compradores de usados. Resumindo: é bom de manter, gostoso de dirigir e, ainda por cima, fácil de vender. Ah, se o motor não perdesse o ânimo...





APROVADO

SARADO
A carroceria terminou o teste intacta, salvo algumas marcas causados pelo uso. E não apresentou deformações, trincas ou ferrugem.

EM BLOCO
Os cilindros estavam absolutamente iguais em diâmetro, com praticamente zero de ovalização e conicidade - apenas o primeiro cilindro apresentava 0,01 mm de ovalização, dentro dos parâmetros da fábrica.

DENTES PERFEITOS
A transmissão ignorou os 60 000 km. As engrenagens e os anéis sincronizadores estavam impecáveis, bem como a carcaça e o óleo de câmbio. Suportariam tranquilamente mais outro teste de Longa Duração.

DISCO BEM TOCADO
O conjunto de platô e disco de embreagem ainda aguentava mais 10 000 km e apresentava desgaste dentro do esperado - tendo em vista os 46 condutores diferentes que andaram no Ka. O volante do motor estava impecável, bem como seu rolamento.

NÃO É MOLE
Os amortecedores não apresentavam vazamento e mantinham a pressão, as molas não apresentavam marcas de impacto entre os elos e os batentes não se deformaram nos 60 000 km.





REPROVADO

MUITA FOLGA
As sedes de válvulas não suportaram o excesso de calor das válvulas e perderam a eficiência de vedação, como se verificou na medição da compressão, com 100 psi, quando o limite é 170.

PEDINDO ÁGUA
O Ka teve dois reservatórios de líquido de arrefecimento condenados, pela ferrugem e por trincas. Outros proprietários também relataram esse problema no Ford.

ÓLEO VIVO
Todas as hastes das válvulas de admissão estavam impregnadas de borra de óleo e, inclusive, óleo "vivo" - ainda não queimado -, graças aos retentores de válvulas, desgastados.





ATENÇÃO

TIRANDO ONDA
O barulho de combustível batendo nas paredes do tanque foi abafado por isoladores colados na superfície do reservatório, adotados posteriormente nos veículos de produção, no lugar do dispositivo "quebra-ondas".





HISTÓRICO

570 km - Alarme disparando sozinho;
14 985 km - Barulho na correia do motor ao ligar;
18 575 km - Freio de estacionamento alto;
30 386 km - Injeção falhando em alta rotação;
30 841 km - Defeito na eletroválvula do ar-condicionado;
46 612 km - Marcha lenta instável;
49 299 km - Vaso de expansão do radiador trincado;
56 148 km - Defeito no rolamento de roda traseiro;
58 487 km - Troca do segundo vaso de expansão e da válvula termostática do sistema de arrefecimento





FOLHA CORRIDA

PREÇO DE COMPRA: 31 770 reais (agosto/2008)
QUILOMETRAGEM TOTAL: 60 174 km - 37 417 km (62,2%) rodoviário e 22 757 km (37,8%) urbano
CONSUMO TOTAL: 7 003,14 litros de álcool (10 292,00 reais) e 1,79 litro de gasolina (3,29 reais)
CONSUMO MÉDIO: 8,6 km/l
CUSTO POR 1 000 KM: 212,08 reais (0,21 real por km, já somados os valores de revisões e reparos)
REVISÕES: 10 000 km - 87,34 reais (Superfor, São Paulo); 20 000 km - 119,70 reais (Ford Highway, São Paulo); 30 000 km - 340 reais (Forte, São Paulo); 40 000 km - 480 reais (Mix, Barueri); 50 000 km - 332,70 reais (Sonnervig, São Paulo)







CHECK-UP

QUILOMETRAGEM / 1 129 km (agosto/2008) / 59 082 km (abril/2010) / Diferença entre os testes (%) / 61 560 km (maio/2010)

0 a 100 km/h (s) / 16 / 18,4 / 13 / 16,3
0 a 1 000 m (s) / 37,3 / 38,8 / 3,9 / 37,5
3ª 40 a 80 km/h (s) / 9,3 / 10,3 / 9,7 / 9,6
4ª 60 a 100 km/h (s) / 15 / 16,4 / 8,5 / 15,3
5ª 80 a 120 km/h (s) / 27,8 / 30 / 7,3 / 26,8
Frenagem 60 km/h a 0 (m) / 17,8 / 18,9 / 5,8 / 17,5
Frenagem 80 km/h a 0 (m) / 33,1 / 31,9 / 3,8 / 30,3
Frenagem 120 km/h a 0 (m) / 72,3 / 72,8 / 0,6 / 70,5
Consumo urbano (km/l) / 7,7 / 7,5 / 2,6 / 7,7
Consumo rodoviário (km/l) / 10,4 / 11,1 / 6,3 / 11,3
Ruído interno PM (dBA) / 43,2 / 42,1 / 2,6 / 44,1
Ruído interno RPM máx. (dBA) / 72,8 / 73,4 / 0,8 / 73,2
Ruído interno 80 km/h (dBA) / 66,5 / 63,3 / 5 / 64,4
Ruído interno 120 km/h (dBA) / 71,2 / 69,4 / 2,6 / 71,6





VEREDICTO

Aprovado, com ressalvas grandes para o motor. O Ka se mostrou barato de manter, íntegro em estrutura, bom de suspensão e freio, mas derrapou na compressão dos cilindros. Embora relativamente simples de reparar, certamente seria ignorado por mais tempo pela rede - como foi nos 60 000 km -, gerando dores de cabeça futuras.


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

[Tutorial #3] Substituição do disco de freio e pastilhas (Original e 1.0 p/ 1.6 ou Duratec 2.0)

Como estão?

Hoje conhecendo um pouco mais a linha de freio do Ka, vamos ver que, uma simples substituição de pastilhas pode não ser só importante, mas um dos fatores de segurança de nosso Ford Ka.

Tão importante quanto as pastilhas, temos o disco de freio e os seus componentes da linha e é com essa introdução que iremos ter um resumo de como funciona:


O sistema de freios constitui uma das partes mais importantes e vitais de um veículo, sendo projetado para dar o máximo de rendimento com um mínimo de manutenção. Corretamente conservado e ajustado, o sistema de freios proporciona ao motorista a garantia de uma frenagem segura, sob as mais diversas condições de tráfego.
No uso contínuo de um veículo, nenhum componente é tão intensamente sujeito a esforços e altas temperaturas quanto o sistema de freios, isto em decorrência das frenagens. Embora sejam os componentes de um sistema de freios rigorosamente projetados e fabricados, o uso contínuo dos freios durante um período resultará em desgaste natural de alguns de seus componentes.
Estes desgastes serão compensados por dispositivos automáticos de ajustagem incorporados ao sistema de freio pelo fabricante. Contudo, a necessidade de substituição de certos componentes após determinado tempo de serviço deve ser prevista.


O sistema de freio suporta todo o peso do veículo e as forças que atuam sobre ele, do tipo aceleração lateral, desaceleração e os esforços de frenagem. Este sistema também é o responsável por gerar muito calor como conseqüência do atrito. As peças de acionamento e controle precisam ser fabricadas com excelentes materiais para que o freio desempenhe seu papel na segurança.
O pedal de freio é considerado a primeira peça do sistema, e faz parte do processo de acionamento , ou seja, é no pedal que o motorista vai pressionar para ativar o freio. O pedal é preso por um eixo que está fixado na parede de fogo e estrutura do carro, logo acima dos pés do motorista. O pedal é fabricado de metal, possui algumas pedaleras, em geral de borracha, onde o motorista calça o pé para aplicar a força. Neste mesmo eixo ainda estão os pedais de acionamento do acelerador e embreagem.
Depois do pedal de freio encontramos o servo freio que recebe o movimento do pedal através de uma haste de ligação. O servo freio é um componente que tem o papel de servir, auxiliar ao motorista na força de freio aplicada ao sistema.
Por meio de uma mangueira o motor está ligado ao servo freio ou “hidrovácuo”, o motor cria uma sucção de ar no sistema, o servo freio fica com um vácuo interno, em duas câmaras divididas por uma membrana. Quando o motorista aplica força no pedal a haste acaba abrindo passagem do ar em um lado. O outro lado continua ligado ao motor, dessa maneira, a haste que está ligada a membrana acaba sendo empurrada para frente e o servo freio realiza a sua função de auxiliar na força de frenagem.
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Haste do servo freio, no centro do componente
A haste continua indo pra frente e o próximo componente a receber o movimento do pedal e servofreio é o “cilindro mestre”. O cilindro mestre é um recipiente em forma de cilindro que conta com um reservatório ligado a parte superior. Dentro do cilindro mestre encontramos um ou dois pistões que recebem o movimento de componentes anteriores e geram pressão no fluido dentro do sistema.
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 Cilindro mestre do freio
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Cilindro mestre e haste
O fluido de freio também pode ser considerado um componente, um dos principais, pois é o fluido que transfere movimento e força até as rodas. O fluido percorre dentro das tubulações rígidas, de uma liga de aço e cobre. A tubulação leva o fluido até as rodas, como as rodas se movimentam de um lado para o outro e para cima e para baixo é necessário a utilização de uma tubulação de borracha perto das rodas, chamada de “flexível”.
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Fluido de freio
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Flexível de freio
Depois dos flexíveis encontramos a parte de atuação do sistema, os componentes que vão atuar, como a aplicação da pastilha no disco, fazendo o automóvel reduzir a velocidade.
A pinça de freio é um atuador do sistema que equipa praticamente 90% da frota atual de veículos automotores. Os outros 10% restam para os veículos mais antigos e a linha pesada. Alguns automóveis, principalmente os mais novos, top de linha ou esportivos, oferecem opções de pinça para as rodas traseiras. A pinça de freio é tecnicamente conhecida como Punho ou cavalete. É um cilindro atuador que recebe movimento do fluido e atua sobre um pistão, gerando força para fechar as pastilhas de freio no disco.
A pastilha e o disco são componentes de contato do sistema de freio. São as pastilhas que tocam a pista do disco de freio, gerando atrito e fazendo com que a roda e conseqüentemente, o veículo, perca velocidade.
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Pastilhas de freio
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Disco de freio

A linha popular e uma gama de veículos médios são equipados com um modelo de freio atuador chamado de tambor, geralmente dispostos no freio trazeiro. O sistema é composto por um tambor que gira num rolamento central por cima das pastilhas, chamadas de lonas de freio.

Depois de conhecermos bem detalhado o freio dianteiro, pode ser realizado alguma mudança no freio original do Ka?

Com certeza, existe duas opções para a melhoria do freio do Ka, uma delas é conforme o tutorial abaixo, feito por mim em um Ka 2013, sendo substituído o freio do 1.0 pelo do 1.6
Se você ainda não entendeu bem o vídeo, a alteração é simples.
Ferramentas:

- 2 chaves de 13mm (uma de boca e outra combinada)
- 1 chave de 17mm combinada (ou catraca)
- 1 chave de fenda grande para recolher o embolo do pistão da pinça
- WD (se necessário) para tirar a oxidação dos parafusos

Método de trabalho:
Após recolher todo o êmbolo do pistão da pinça, com o auxílio da chave de fenda, forçando a pastilha contra a pinça, retirar os dois parafusos de trás da pinça com a combinada de 13mm. Após soltar a pinça, com a chave de 17mm soltar o cavalete da pinça, os parafusos ficam localizados ao lado da pinça de onde você retirou elas.
Com a remoção da pinça, o disco já ficará solto e basta remover puxando-o
NOTA - Pode ser utilizado o mesmo flexível de freio, se estiver em bom estado. É necessário também utilizar um fluído de freio com Dot acima de 4 (recomenda-se o 5.1 VARGA ou Pentosin).

O freio do 1.6 possui disco ventilado, ou seja, maior reposta na frenagem e menos fadiga em altas temperaturas.

Caso seja de vontade, pode-se utilizar o freio da Ford EcoSport 2.0 Manual, são discos de 256mm de diametro.
NOTA - A utilização desse freio é apenas para rodas acima de aro 14, devido ao tamanho.
Atente-se para a substituição do fluído de freio, discos e pastilhas no manual do veículo


Forte abraço.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

[Tutorial #2] Troca do Coletor de escapamento (1999 a 2013) 1.0 p/ 1.6

Galera, como estão??

Vamos a mais uma dica de faça você mesmo que vai poder apimentar o seu Rocam.




Fugindo um pouco da manutenção periódica, vamos tirar a Segunda-feira pra discutirmos sobre escapamento, fluxo de gases, etc etc. Há diversas histórias sobre a mecânica e principalmente a preparação, o que vale a pena ou não e o que realmente ganha potência / torque.


O fluxo de gases do escapamento é influenciado pela admissão do carro e pela mistura de combustível também.

São duas as funções principais do sistema de escapamento: conduzir os gases quentes resultantes do funcionamento do motor até um local em que estes possam ser lançados para a atmosfera sem perigo para os ocupantes do automóvel e reduzir, por meio de um silencioso – a panela de escapamento -, o ruído provocado pela expulsão desses gases.
Os gases originados no motor expandem-se com grande energia, passando para o sistema de escapamento sob forte pressão. Cada vez que os gases passam para a tubulação de escapamento, forma-se uma onda de choque – a um ritmo de milhares de ondas por minuto -, pelo que o ruído dos automóveis seria insuportável se não fosse reduzido.
Quando os gases de escapamento abandonam o silencioso, já se expandiram o suficiente para que sua pressão desça até próximo do valor da pressão atmosférica e o ruído seja amortecido.
Se os gases de escapamento não forem totalmente expulsos, a admissão da mistura de gasolina e ar na câmara de explosão será dificultada e a mistura ficará contaminada por gases residuais resultantes da combustão, o que provocará um baixa no rendimento do motor. As tubulações de escapamento são concebidas de maneira a impedir a interferência entre os gases de escapamento expulsos sucessivamente de cada cilindro. Pretende-se assim que os gases passem para o tubo de escapamento o mais livremente possível.
É impossível evitar completamente a existência de contrapressão no sistema de escapamento devido ao efeito restritivo do coletor, dos tubos de escapamento e do silencioso. O sistema é, assim, concebido para silenciar o escapamento com um mínimo de restrição no fluxo dos gases.


Com essa intro, vamos a parte prática, a troca de coletor do Ka MK2 (2008 a 2013), pelo do 1.6 MK1 (2001 a 2007)


Mas qual a diferença entre eles? Vale a pena?


Basicamente temos de cara, uma diferença entre o desenho dos fluxos:

A esq. Coletor do Ka XR 2001 e a dir. Coletor do XR 2007

Tome nota!!!
Há uma variação entre os dois coletores acima, o da esquerda possui um fluxo direto na junção do 4 para o 1, sem o "gargalo", tendo assim um fluxo direto e a direita temos um gargalo, impedindo o fluxo contínuo, com uma curva mais acentuada no primeiro cilindro. Essa diferença deve-se a controle de ruídos, modificando também o seu diâmetro (de 2" para 1/7/8).

E esse coletor não é igual ao Ka MK2 porque? O que diferencia?


A esq. Coletor do Ka MK2 (2009) e a dir. Coletor do Ka XR 2007

Nitidamente a diferença é notada a olho nú e sentido no pé, após a instalação.

De 2008 até o primeiro semestre de 2009, a Ford adotou ao coletor do Ford Ka o catalisador integrado a uma flange no escapamento, após 2009 o catalisador já ficou integrado ao coletor, por conta do p´re-aquecimento dos gases e a leitura por duas sondas distintas, o desenho é o mesmo e pode ser substituído pela linha MK1.

Qual o ganho?

Ainda não foi passado em Dinamômetro para aferição só do coletor, estima-se um ganho de 8hp apenas com a troca e a eliminação do catalisador, o ruído interno não muda, mas o som em alto giro é mais grave e agradável.

Valores:

O coletor do Ka XR / Action primeira safra (2001 para XR e pós 2002 para o Action) ainda acha em Concessionário, a seguir pelo código da peça:

XS4G/ 9431/EC/  
R$ 120,00 a R$ 150,00

Junta de escapamento original Ford:

XS6E/ 9448/AC/
R$ 90,00

Ganhos:

Média e alta rotação (com a elminação do catalisador), Baixa e média rotação (mantendo o catalisador).
Substituição:

Remoção de 9 porcas travantes de 13mm e a substituição da junta de coletor nova.
Tempo de trabalho: de 50 min a 1:00 hora.

sábado, 10 de janeiro de 2015

[Tutorial #1] Troca do rolamento traseiro das rodas, troca das lonas traseiras, cilindro de roda e regulagens.

Fala galera, tudo certo?

Seguindo com a postagem do faça você mesmo, hoje vou explicar bem detalhado a substituição do rolamento traseiro das rodas, limpeza e lubrificação das sapatas (lonas) de freio e ajuste do freio de mão.

1° Passo - Desmontagem da panela de roda traseira:
O processo de desmontagem das peças é tão simples quanto parece, o uso de ferramentas adequadas ajudam e muito no processo, a paciência também é exigida.

A desmontagem consiste basicamente em 3 passos:

* Remoção da tampa de proteção do centro da panela da roda com o auxílio de uma chave de fenda com ponta bem fina.

* Utilizando uma alvanca de chave fixa e soquete 30mm, soltar a porca travante.
- NOTA: Há uma cupilha entre a porca e o eixo do parafuso, o mesmo deve ser soltado com uma chave de fenda.

* Com a remoção completa do conjunto, fazer uma verificação do rolamento interno.
- NOTA: Remover por completo a graxa antiga do rolamento e verificar as pistas do mesmo, rolando ponto por ponto, se alguma pista estiver com marcação preta de rodagem, descartar este rolamento, efetuar uma limpeza completa de todo o conjunto.


Rolamento usado, mas ainda em ótimas condições.

Graxa nova para os rolamentos

NOTA - Deve-se cobrir o rolamento inteiro com a graxa para evitar a marcação de pista na primeira rodagem, antes da montagem final.


Porque devemos nos preocupar com essa peça? Como vou saber quando trocar?

Toda e qualquer peça em um veículo tem uma vida útil, dependendo do uso (severo ou não), devem ser substituídas com o tempo, isso vale para peças mecânicas e elétricas.
O rolamento de roda traseiro é um item importante pra vida útil do tambor de freio e do conjunto de lonas, o desgaste dessa peça e a não substituição ocorre em:

- Ruido alto e intermitente na rolagem do carro
- Aumento do desgaste das peças do freio traseiro
- Desgaste da ponta de eixo do tambor

E para qual rolamento devo trocar?

O mercado oferece diversas opções de peças, o fabricante sempre utiliza aquela marca mais conhecida no mercado e com uma vasta opção, dentre elas temos:

KOYO
FAG
SKU

As três são de ótima procedência, e o valor delas estão entre R$ 40,00 e R$ 70,00

O que facilita também na hora da verificação do rolamento é a substituição das sapatas de freio (se necessário), verificação de vazamentos no cilindro de roda e a tensão das molas na sapatas, dependendo do ajuste do freio de mão.

Mas como são essas peças?

Lonas e sapatas de freio traseira do Ka

Lonas

NOTA - A substituição das lonas pode ser feitas sem a troca das sapatas, com o auxílio de um martelo e morsa, ou um suporte que segure as sapatas, basta quebrar a lona velha e utilizar a nova, prendendo com rebites, para segurar o rebite a sapata, é necessário apenas martelar de leve o fundo dela, tomando cuidado para não trincar a lona nova.

Cilindro de roda traseiro

Quando substituir o cilindro de roda traseiro?

A resposta é simples e visível a olho nú, qualquer cilindro de roda possuem duas esferas paralelas, essas esferas com o tempo costumam vazar óleo, contaminam as lonas e esse óleo é despejado pra fora do tambor de freio, a substituição consiste em soltar apenas dois parafusos de 13mm no lado traseiro do tambor de freio (espelho, mais conhecido).


- A função do cilindro de roda é transformar a pressão vinda do cilindro mestre através do fluido em força mecânica, aplicada sobre as sapatas de freio.

Valor da peça: R$ 40,00

A regulagem do freio de mão é totalmente interna, com a remoção da capa de borracha do carpete ao freio de mão, localiza-se um parafuso de 10mm, a regulagem é apenas girando ele em sentido horário ou anti-horário, a regulagem perfeita é a critério do usuário, um termo perfeito para isso é o estralo de 3x quando aciona-se o freio de mão.

Qualquer dúvida, podem deixar nos comentários.

Bom trabalho em seus Ka's :)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

1° post - Bem - Vindos!

Fala galera Kazeira (ou quem ainda vai ter um), tudo certo?

Sejam muito bem-vindos ao meu 2° Blog, o primeiro era voltado especialmente ao Ka XR, mas esse será um pouco diferente.

Criei esse Blog para reunirmos tudo sobre Tutoriais, Manutenções, Acabamentos ou outros artigos que envolvam uma revisão rápida que você mesmo pode fazer em casa com poucas ferramentas e muita paciência.


Os posts serão feitos sem uma ordem de data, pode ser que apareçam posts novos a cada dia, como também a cada semana, vou reunir bastante material pra disponibilizar a vocês.
Gostaria também de pedir o auxílio de vocês, com dicas, macetes pro Ka, isso vai ajudar bastante.

Será criado também uma área: Espaço do Leitor. Nesse espaço, cada um de vocês poderão descrever as manutenções de seu Ford Ka, o que pretende fazer e o que tem feito em casa para o uso do carro.


Abrindo o primeiro post, vamos conhecer um pouco o Zetec Rocam:



Indo a inclusão do Zetec Rocam a Ford, no ano de 1999, foi lançando bem antes o Zetec, de uma criação inglesa que fez muito sucesso.


O Zetec é um motor utilizado na maioria dos carros da Ford no Brasil desde 1997 com o fim da Autolatina. A Ford oferecia o Zetec-SE em versões 1.4 16v para o Fiesta, e o Zetec-E 1.8 16v no Escort e 2.0 16v no Mondeo e Zetec R 1,8 L (1796 cc) e 2,0 L (1988 cc) Focus, no ano 2000. Atualmente a Ford ainda utiliza os motores Zetec Rocam, derivados dos motores Endura de 8 válvulas. Estão disponíveis nas versões 1.0 8v e 1.6 8v. O motor 1.6 16v do Focus, hoje conhecido como "Sigma", é na verdade é uma variação do Zetec-SE 1.4 16v usado no Fiesta e Currier entre 1996 e 1998. Essa família de motores foi lançada em 1994 no Brasil com o Mondeo, nas versões 1.8 16v e 2.0 16v. Os primeiros a usarem o Zetec-S foram o Mondeo em 1994, e Zetec SE o Fiesta CLX em 1996, e Zetec R do Focus em 2000. Já os Zetec Rocam foram usados inicialmente no Fiesta em 1998 e no Ford Ka em 2000 (versões 1.0 e 1.6), na picape Courier em 1999 (substituindo os motores Endura nestes modelos) e também nas versões básicas do Escort em 2001 (1.6 8v).
O nome foi utilizado para uma gama diversa de motores. A família original foi baseada no motor Ford Zeta (de onde o nome Zetec foi baseado), outros motores que receberam o nome Zetec incluem um derivado de um motor Yamaha/Mazda (Ford Zetec-SE ou Ford Sigma), o Zetec-Rocam (baseado no motor Ford Kent/Endura) e o Zetec TDCi (baseado no motor Ford Duratorq).
O Zetec Rocam é fruto de uma parceria com a Yamaha e tornou-se o carro chefe de motores da Ford em 1999, tendo o seu fim no último semestre de 2013 no Ka.

1.0 Supercharger, porque será que a Ford não investiu no Ka? Conheça mais sobre o pequeno propulsor e que é totalmente adaptável ao Ka:
 Modificações em 30 cavalos aumento do poder de 1.0 litros, colocando no mesmo nível de um 1,6 litros, mas também manter econômica. Estes resultados foram alcançados por um compressor de ar instalado junto ao coletor de admissão, acionada pelo motor, o que aumenta a pressão e a densidade do ar injetado para dentro dos cilindros. Esta mistura de ar / combustível nos cilindros sobe e combustão melhorada é conseguida, gerando uma saída elevada.

 Ford e Eaton têm sido os pioneiros na melhoria do seu desempenho em aspectos como confiabilidade, eficiência, durabilidade e redução de ruído. De acordo com informações fornecidas pela empresa, o novo Ford Fiesta é o primeiro veículo produzido na América do Sul turnê que incorpora essa tecnologia, inicialmente ele está sendo usado em carros de corrida, e como nós fomos melhor gasto para equipar os carros da série . Nos últimos anos, ele tem sido em cima dos carros de linha, como o Jaguar XKR e XJR e o Aston Martin DB7 Vantage o F-150 Relâmpago, e outros modelos esportivos de outras marcas.
O dispositivo consiste de dois rotores com três divisões em forma de parafuso sem fim, a 60 graus, que o ar comprimido a uma taxa de até 2,4 vezes o motor. Com estas características técnicas produziu um compressor tamanho compacto. A geometria dos rotores, o corpo e a entrada e saída de fluxo de ar calmo garantir, sem variações de pressão. Com este driver do Novo Partido Supercharger tem uma velocidade máxima de 175 Km / h, com aceleração de 0-100 km / h em apenas 13,3 segundo e consumo de 11,80 km / litro na cidade e 15,5 km / litro na estrada.
O motor Supercharger inclui vários componentes avançados ou reforçado, como uma nova câmara de combustão monobloco, pistões, pistões injetores de óleo, bielas, trem de válvulas, válvulas, coletor de admissão, coletor de escape e filtro de ar. Também incorpora um intercooler para o arrefecimento do ar de admissão. À medida que a fricção gerada pela compressão aquece o ar, tornando-se menos densa e eficiente na câmara de combustão, o permutador de manutenção assegura que a temperatura ideal para o trabalho eficaz do motor.
 Esta unidade está equipada com o novo módulo eletrônico Black Oak e um sensor de detonação de controle, um dispositivo de auto-regulação que detecta o melhor ponto de inflamação e compensa automaticamente as variações na qualidade da mistura. O trabalho de melhoria e otimização foi realizada pelos engenheiros do Centro de Desenvolvimento e Pesquisa em Alemanha Ford Motors e Ford Motors fábrica em Taubaté, no Brasil.
 O compressor é accionado por uma correia ligada directamente ao eixo de manivelas, fornecendo energia adicional imediatamente em todas as gamas de rotação, mesmo em baixa rotação, bombear o ar que entra no motor directamente para a relação da velocidade do veio de excêntricos. O ar que é utilizado se desvia por uma válvula e retorna para o sistema. Tendo em conta as condições de manuseio, Sobrealimentado motor trabalha a maior parte do tempo, como se fosse aspirado naturalmente, contribuindo para a economia de combustível.
O Supercharrger é um mecanismo que funciona em um compartimento isolado do motor, auto-lubrificação, ea única manutenção necessária é rever o nível de óleo a cada 120 mil milhas apenas para preencher, sem alterar o lubrificante.
Uma das principais vantagens deste motor do compressor volumétrico é durabilidade, tanto o motor e o compressor em si, para o tempo de vida dos componentes não é sacrificada para aumentar a potência. Reforços e Melhorias permitiram a Ford para estender a vida útil do motor até 240.000 km.

O que devemos nos preocupar com ele? Eis a resposta e o calcanhar de aquiles (Fonte Auto Esporte / 2011):

Chegamos ao outono, a estação que prepara território para o inverno. Porém, alguns carros da Ford têm dado muita dor de cabeça para seus proprietários, por insistirem em fazer “verão fora de época”. O problema é que os modelos equipados com o motor Zetec-Rocam (1.0 ou 1.6),têm apresentado aquecimento excessivo. Lançado no Brasil em 2000, esse motor começou equipando carros populares, como Ka e Fiesta, mas chegou também aoEcoSport e ao Focus. Este último é o único que não utiliza mais o propulsor. A crítica feita pelos consumidores é a quebra prematura de peças do sistema de arrefecimento, que resulta no superaquecimento do motor e em grandes prejuízos ao bolso. 

Com o comprador técnico Michel Pronk, de Holambra (SP), o problema começou no reservatório de água do seuKa 2008. “Antes dos 40 mil quilômetros, ele trincou e vazou água. O carro aquecia a todo instante”, relembra. Segundo ele, o problema foi corrigido na concessionária durante a revisão. A mesma falha atingiu o Ka 2004 do gerente comercial Leandro Stefanini, com resultado ainda pior. “Uma falha gravíssima é a ausência do medidor de temperatura. O carro começou a ferver e tive que trocar todas as peças do sistema”, explica. Porém, só foram descobrir o problema na última peça, a válvula termostática, e até mesmo o cabeçote teve de ser trocado. “Fiquei com um prejuízo de R$ 3 mil. Perdi a paciência e vendi o carro.” 
Ford
Todas as gerações do Ka e algumas do Fiesta utilizam o motor
Hugo Ferreira Carneiro, especialista em contabilidade, teve o problema ainda mais cedo em seu Ka 2009. “Antes mesmo dos 20 mil quilômetros tive de trocar o reservatório de água. Isso não pode ser normal.” Ele diz que precisou desembolsar R$ 80 em sua oficina de confiança, sendo que a concessionária cobrou R$ 300. Aqui mesmo na redação Autoesporte, quatro pessoas já passaram apuros com seus modelos Ka e Fiesta por falhas do sistema de arrefecimento.


De acordo com o consultor técnico de Autoesporte, Rubens Venosa, da oficina Motor Max, inúmeros casos como esse passaram por sua avaliação. “São cinco itens do sistema de arrefecimento do Rocam que danificam facilmente. Quando aparece esse motor na oficina, temos um procedimento padrão para troca das peças”, explica. O reservatório costuma apresentar trincas devido ao plástico de baixa qualidade, assim como a válvula termostática, enquanto o resistor da primeira velocidade da ventoinha dá mau contato. “A ventoinha passa a trabalhar apenas com a segunda velocidade e isso é notado por poucas pessoas”, acrescenta o engenheiro mecânico.

Segundo Venosa, a bomba d’água dificilmente dura mais que 60 mil km, e todo esse problema pode gerar gasto de até R$ 500. No entanto, trata-se de algo que poderia ser resolvido facilmente pela engenharia da Ford. Em contato com nossa reportagem, a Ford alegou que os problemas ocorridos foram pontuais e corrigidos. O verão fora de época dos modelos tem dito o contrário, e Autoesporte segue de olho.

Fonte - Auto Esporte


Fiquem de olho nos próximos posts. Vamos começar a detalhar os principais pontos cruciais na manutenção do Zetec Rocam em casa!, e mostrar que nunca foi e nunca será um bicho de 7 cabeças.

Abraços.